quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Dois corpos





Dois corpos desnudados,
Sem o mínimo pudor,
Procuram, desenfreados,
Os caminhos do amor.

Seus lábios se procuram,
Suas línguas se estreitam,
Suas púbis se torturam,
Os seus sexos se deleitam.

Dois corpos se fundem
Como se fossem um só,
Por vezes se confundem.

Pernas e braços entrelaçados,
Como num estranho nó,
Acabam por adormecer, saciados.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/09/18

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