(Re)canto do Tempo
(Re)canto do Tempo
Um teto de estrelas prateadas,
olhos passeando na noite enluarada,
as almas calmas e silentes
em êxtase sob as árvores confidentes.
Quanta paz neste intocado lugar!
Os sonhos se alternando em sossego
buscando o calor, o aconchego
deste céu que é o nosso lar.
Os gerânios balançando na janela,
a romã que o sol envernizou,
um jantar romântico à luz de velas,
nos lábios o gosto que um beijo deixou.
Foi neste recanto que o tempo parou...
Entre rosas, orquídeas e hortênsias,
foi aqui que nosso sonho se materializou
e a poesia brotou com eloqüência.
Mas, quem ainda acredita em poetas,
num fogo que palpita nas horas quietas,
num leito de rendas e cetins,
num beijo com gosto de alecrim?
E no outono que a nós ainda seduz
o amor maduro que mais e mais reluz
na estação do tempo cadenciado e lento
nos corações aquecidos neste (Re)canto do Tempo
Carmen Vervloet
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