domingo, 9 de janeiro de 2011

QUANTAS VEZES...



QUANTAS VEZES...

Quantas vezes num impulso,
Teu nome gritei sem pensar
Quantas vezes a vontade pulsou
E você nem pensou no meu pesar

Quantas vezes a chuva miúda
Mesclou-se com minhas lágrimas
E caminhei sem rumo, sem conteúdo
Entre espinhos, sozinha e sem rima

Vesti sonhos tão comuns
Nem liguei para as cartas
Dessa minha sina ingrata...

E me esvai de mim em densa fumaça
Pois se a razão jamais mente
O coração demente não ousou ter lente

Carmen Cecilia

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