Um sopro de sentidos
Um sopro de sentidos
Meu mundo numa onda retida
Sonhos suados, ventos sem eco
Um grito por uma vela ao tempo
Um sentimento de proa e glória
Meu tempo num fio em nós
Abrigos perdidos no ficar
Num sopro se faz dores
Esboços de vida sem pincel
Meu eco de sombra e pó
Amassar pão sem faminto
Tecer cores sem olhos
Dedos que escorrem na alma
Meu Sol numa bruma de amor
Sementes de ternura e amanhãs
Ser lua, estrela, mundo e lugar
Por um berço eterno no olhar
Meu acordar de luar sem frio
Sorrir, ser asa de abraço terno
Soprar as sombras, ter acreditar…
Inventar o amor no tempo dos sentidos
lua-verde
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