Se...
Se...
Se o ser que sou,
Fosse alguém de fato,
Fatalmente cantaria,
Pois minha alma palavras não conhece,
Se a vida que vivo,
Fosse realmente vivida ,
Viveria devagar,
Pois minha pressa não teria mais sentido,
E minhas esperanças não precisariam mais esperar,
Minhas Saudades seriam orações,
Exaltada ao Amor,
Que sem me fazer penar, responderia
E o frio de qualquer ausência não mais existiria,
Pois só reinaria a presença de um vivo abraço e seu calor
O Silêncio seria entoado como hino,
O Perdão como vitória,
E as lagrimas, que são da alma a voz,
Só chorariam com sorrisos.
Mas já dizia o poeta,
"Não perde o sentido o lamento,
Nem o meu pranto de dor
Não existindo saudade não existe amor."
Allan Sobral
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