quinta-feira, 9 de maio de 2013

Devolva minha vida

 
Devolva minha vida
 
Dói quando o amor se vai,
Doeu, ver você me deixar.
E essa dor, não para, não sai...
Você não sabe o que é amar.

Como foi que não vi?
Como, eu não percebi!
Você me deixou aqui...
Com os castelos que construí.

Se o amor cega,
Juro que não vi!
Meu coração se nega,
Viver longe de ti.

Devolva minha vida, que a tua partida leva,
Ou saiba que morri, na saudade que apedreja.


AUTORA: Poetisa Cléo Alves
(Respeite os direitos autorais)

Reviver

 
Reviver
 
Renasci com o teu perdão,
agora a vida segue em frente,
e deixamos para trás todas as mágoas.
A intenção de rever teus olhos bem de perto,
segue aos meus desejos ilusão.

Se fores além,
permita que eu te siga sem pedir.
Se eu for também,
permita que eu te ame a luz do sol.

Voltamos a viver,
pelo teu amor,
e não há dívida melhor a se pagar.

Se ao silêncio fores embora,
ao menos da sua voz me deixe a canção.
Se me deixares ir,
Sempre irei ao teu encontro.
Se me deixares te amar,
saibas que nunca terás o que sofrer.

E ao viver assim,
você será a minha eterna musa,
inspiração e minha razão mais pura,
que Deus criou com perfeição.

— Cesar Jardim

Medo de Amar



Medo de Amar

Tem verdades que dói
Dói e arde como fogo e brasa
Queima a pele e nem ela apaga
A profundidade da verdade.

Mas o que é a vida sem um erro
Que não ocasione teu desterro
Da vida, da casa, do lar.
O que será da vida sem o erro de amar

Mesmo sabendo, não ser correspondido.
E não poder nem mesmo dar a o luxo de um gemido
Porque erra, sabendo que errado está.

Mas a verdade sempre dói
Porque é quase como olhar em um espelho
E ver teu rosto inchado e vermelho
Pelo medo de amar


Alexandre Montalvan

OLHA...

 
OLHA...
 
Olha... eu já vi tantas coisas
Fui testemunha de tantos revezes
E desisti tantas vezes...

Olha... eu vi tantas coisas
Tantas vezes eu parti...
E me reparti
Só pra não ver você partir

Olha... eu vi e revi...
Tanto que nem quero repetir...
Aquele olhar de adeus
Nos teus olhos e nos meus...

Olha...
Eu só não queria mais uma despedida
Eu não queria partida
Só chegada... Você em minha vida
Para todo o sempre querido


CARMEN CECILIA

Simplicidade

 
Simplicidade
 
Eis que surge a voz da simplicidade,
nada mais é artificial,
foi-se o tempo da desmedida vaidade...
A vida agora é bem mais natural!

As vitrines já não mais me enfeitiçam,
não preciso nada aparentar...
Atraem-me mais os passarinhos que cantam
e as flores no jardim a brotar!

Superei a fase do excessivo consumo,
só me importa o que realmente tem valor,
como saúde, paz, desvelo e amor!

Aparência não é mais o suprassumo,
nada por fora vai me eternizar,
o que eterniza são os versos do meu poetar.

 — Carmen Vervloet

Dá-me...

 
Dá-me...
 
Dá-me teu sorriso grandioso
O seu olhar fixo e gostoso
Teu jeitinho carinhoso
De fazer amor gostoso

Dá-me teu chamego nego
Teu apego ao desapego
Teu mais profundo segredo
Para guarda-lo chego cedo
 
Dá-me o céu colorido
O mundo inteiro florido
Palavras ao meu ouvido
 
 Dá-me um só telefonema
E com uma voz serena
Declamo-te este poema
 
 
AUTORA: Poetisa Cléo Alves
(Respeite os direitos autorais)

A última estrela

 
A última estrela
 
O dia amanhece após infindável noite
marcada pela presença tediosa da insônia.
A última estrela apaga suas luzes
cega pelo farol do sol que desponta.
Submissa ao sistema recolhe-se à reclusão
para ressurgir nova em nova missão.
 
Tal rotina não a obstina.Dócil e matreira
oferece à nova noite a doação rotineira.
Brilhar sempre, enquanto brilho tiver...
Brilho que é seu, oferenda para o céu
a abraçar os insones, suavizando suas noites
até que olhos afoitos lhe sorvam a luminosidade
e um dia ela se acabe
perdendo-se na soturna escuridão...

Olhos que por ela se encantam
e obcecados roubam-lhe a luz
refletida em lágrimas derramadas.
Despertos durante noites inteiras,
longas madrugadas, horas de solidão,
tendo como fiel companheira
a lucidez de uma estrela sem constelação.
 
 
_Carmen Lúcia_

Só quero...

 
Só quero...
 
Só quero...
Você ao meu lado
Para o que der e vier
Sem passado...
Em qualquer cenário
 
Só quero acordar do teu lado...
Adormecer também e estar contigo
Junto mesmo que no pensamento
O dia inteiro e a qualquer momento
 
Só quero teu aroma
Pra ter certeza da tua presença
Mesmo na tua ausência...
 
Sentir tua mão amiga
Ouvir tua cantiga
Rir e chorar contigo
De tanta felicidade
 
Apaziguar e guerrear
Mais um dia
Mais uma noite
Na tua companhia...
 
Ter a mesma verdade...
Somar metades...
De sonhos e vontades...
Ah! Eu só quero...
Só quero eu e você...
Você e eu...
Um mesmo céu...
 
 
Carmen Cecilia
27/04/2013

Noite Encantada

 
Noite Encantada
 
Na antiga praça, refúgio dos apaixonados,
passam de mãos dadas, sob o luar,
um casal de namorados.
 
E a lua, no céu
azul diáfano, perpassa formosa,
cheia de argênteo, cheia de graça.
 
E o casal vai, cheio de graça,
cheio de sonhos, cheio de prata,
seguindo o luar.
 
Vai, flutuando na paixão,
perdido num mundo de ilusões
trocando juras de amor
no encantamento do luar.
 
Mas quando a noite se vai
e a lua cerra seus olhos brancos,
surge o sol com seus raios escaldantes
e liquefaz o encanto daquela noite de ilusões.
 
— Carmen Vervloet